quarta-feira, 24 de outubro de 2007

ACONTECEU EM SÃO VICENTE FERRER

A família: o melhor modelo pra sociedade?!...
Na semana passada após ter terminado as aulas na escola onde trabalho (Cel. João Francisco), a tarde resolvi pegar o ônibus que leva os estudantes da Chã do Esquecido, na intenção de diminuir os meus passos até a minha casa. Pretendia ficar na Praça Pedro Pereira Guedes, no entanto, um episódio inusitado mudou o meu percurso. Era uma criança de aproximadamente 11 anos de idade, completamente embriagada.
Pensei que estivesse tonto por conta de uma queda, ou algo parecido, no entanto, ele estava completamente embriagado, e não conseguia ficar sentado na poltrona do ônibus que se locomovia. De repente ele colocou a cabeça fora da janela do ônibus e vomitou. As pessoas da rua olhavam com uma expressão de negação diante da cena, e eu comecei a ficar perturbado. Então, dirigi-me até o motorista e pedi-lhe pra que parássemos no hospital na intenção de que fosse lhe dado algum socorro.
O motorista sem exitar parou o ônibus e caminhamos até o hospital. Fizemos sua ficha e aguardamos a consulta. O médico conversou pouco com ele, por conta das suas condições de lucidez. Perguntou quem havia dado bebida pra ele, e respondeu que alguns garotos que faziam moto-táxi na cidade. E, em seguida o médico solicitou que a enfermeira colocasse o menino no soro.
Então lembrei do Conselho Tutelar de nossa cidade. Procurei imediatamente uma moto e fui até a casa de um dos conselheiros a fim de que resolvesse aquela situação. Dirigi-me a casa do irmão Nado, o qual me recebeu com muita atenção e, após contar-lhe o acontecido resolveu averiguar com os seus próprios olhos.
Ao chegar no hospital não deu pra não se compadecer da situação da criança embriagada, com uma parte das costas arranhada, quase que inconsciente, próximo ao lixeiro, com ânsia de vômito, dores no estômago e segurada pelo braço por sua colega.
O médico deu o laudo e permitiu que a ficha fosse xerocada para que pudesse ser levada até a delegacia de polícia.
Fomos até o destacamento da polícia civil que se encontrava fechado, por conseguinte, ao destacamento da polícia militar que não estava com condições de assistir o caso, por conta do pequeno número presente de policiais, de carro, etc.
Nesse último, no destacamento da polícia militar, nada me tocou mais do que a fala de um dos PMs que naquele dia estava de plantão. Lembro-”me com todas as letras e sons: “O BRASIL NÃO TEM MAIS JEITO”; AS LEIS NÃO FUNCIONAM NO PAÍS”. Só sei que disse imediatamente ao policial: -“MAS, TEMOS QUE FAZER A NOSSA PARTE”.
Achei engraçada a situação e por alguns instantes sorri, mas com um riso recheado de revolta e preocupação. Como podia uma pessoa que representa a lei dizer tal coisa. Estaríamos realmente vivendo o caos social?
Em seguida nos dirigimos a casa do delegado da polícia civil que nos recebeu com muito entusiasmo, mas que também preferiu resolver o caso no dia seguinte.
Tiramos a xérox da ficha de entrada do garoto no hospital e em seguida fomos pra casa. Na volta ficamos conversando sobre a menina que estava lá no hospital com o menino. O que deveríamos fazer para que a sua família não ficasse preocupada?
Tomei café rapidamente e desci até o hospital para ver como estava o garoto, no entanto, os familiares dele e da menina já estavam lá. Fiquei muito feliz pela notícia, e falei com um dos parentes da jovem que havia ficado com o garoto no hospital da importância de identificar os responsáveis pelo acontecido, de fato não poderíamos deixar tal situação passar despercebida.
No dia seguinte, ao vir da escola, encontrei com o pessoal do conselho tutelar e me falaram que a família compareceria naquela manhã às 9:30h para fazer uma apuração dos fatos e assim tomar medidas mais eficazes em relação ao acontecido.
Soube que foram muitas versões nos depoimentos diante do conselho tutelar, depoimentos tão contraditórios, que em alguns casos foram cômicos. Todavia, foi na apuração dos fatos que se aproximou dos fatores contribuintes no consumo de bebidas alcoólicas pelo garoto.
O pai do garoto trabalha o dia inteiro na agricultura e não tem tempo necessário para o acompanhamento do crescimento do filho. A mãe costuma consumir bebidas alcoólicas o que estimula o consumo por parte do adolescente que tem os pais como sustentáculo ideológico e econômico.
Não acredito que esses fatores sejam determinantes em quaisquer circunstâncias, todavia, contribuintes. Mas, se o indivíduo não tiver uma base muito sólida certamente cederá sempre aos encantos manifestados pela oferta. A base precisa ser constituída por atenção familiar, respeito entre seus componentes, condições de sobrevivência, dentre outros, como também, comprometimento por parte das autoridades responsáveis pela efetivação das leis brasileiras, e de cidadãos que estejam interessados em ajudar a combater as imprudências manifestadas por motivos diversos.
Dedico este texto a todos os policiais que com muito afinco se lançaram à preservação do patrimônio humano com princípios éticos e morais.
Escrito por: Daniel Ferreira
Professor de História e especialista em História do Nordeste
E-mail: prof_daniel.al@hotmail.com

sábado, 20 de outubro de 2007

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